Hoje acordei em dia, menos bom, daqueles em que precisava de pôr umas guitas, aos cantos da boca, para me ajudarem a sorrir.
Há dias assim, sem motivos específicos, mas que começam algo pesados, vá-se lá saber porquê.
Ontem à noite, peguei num livro, daqueles que, silenciosamente, repousam na prateleira e que parecem esquecidos ou abandonados, mas que, a bem da verdade, eu, sem eles, não saberia como viver. De vez em quando, é como reencontrar um velho amigo, daqueles que tem, sempre, muito para dizer e que nos dá um imenso prazer em ouvir.
A causa da escolha, talvez fosse por influência do prato-do-dia que não será só português, como também universal, Ética, Moral, etc e tal.
O livro tem como título "Consciência Moral e Agir Comunicativo" de Jürgen Habermas, filósofo e sociólogo alemão e é claro que não tenho qualquer pretensão de filosofar tão alto como os mestres-pensadores, mas há algo que vale a pena repetir e entre muitas coisas, para além de ele defender uma Ética universalista, pensa que para a resolução dos conflitos da sociedade não haverá uma solução, mas "a melhor solução" que terá de resultar do "consenso" de todos os concernidos, incluindo uma participação mais activa e igual de todos os cidadãos. E isto vem a propósito de quê?
Ora, descendo ao nível do nosso quintal nacional, andam a mandar-nos areia para os olhos, pior, acho que já é, em quantidade, suficiente para nos enterrar a todos, quando nos querem fazer acreditar que um ou dois partidos políticos, conseguirão arranjar soluções para o caos em que Portugal está mergulhado.
Assim sirvo-me de Habermas para dar a minha opinião, pois eu também penso (imagine-se o atrevimento) que sem o consenso de todos, neste caso dos Partidos, não haverá, de certeza, a possibilidade de existirem, sequer, outras soluções. Quando fazem e afirmam o contrário, já estão a entrar no campo da imoralidade porque não é lícito, afirmarem coisas em que, tenho a certeza, nem eles próprios acreditam.
Isa,
ResponderEliminarCompreendo e aceito a teoria ...
Mas no caso dos partidos, o consenso não é verdadeiro apenas conveniente para ambos ...!
Apesar de comentar-te só no teu ultimo post, li todos os teus posts com bastante agrado sobretudo o do teu bolo de baunilha ...!
Bjks da M&M & Cª!
Miguel
ResponderEliminarMas é precisamente essa conveniência que me irrita e ver que a maioria dos portugueses vive a leste do paraíso, quase que vêem a política como pertencer a um clube de futebol e, façam eles as borradas que quiserem, simplesmente, aceitam tudo porque até são daquele clube desde pequeninos x-(
Isa,
ResponderEliminarOs partidos são como os clubes : bairristas ,provincianos e localistas. Habermas propõe uma solução cosmopolita para o sistema internacional. Os partidos globais só o poderão ser numa perspectiva glocalista.
madalena
ResponderEliminarFoi precisamente o que respondi ao Miguel, no entanto, eu não quero aceitar aquilo que é, mas contestar as coisas como elas são.
Como diria J.Kennedy: Os homens que criam o poder fazem um contributo ao país (pelo menos deviam), mas os homens que contestam, fazem igualmente um contributo indispensável, pois determinam se somos nós que usamos o poder ou se é o poder que nos usa a nós.
Em Portugal já não estamos a ser usados mas abusados:(
Dizes bem:
ResponderEliminarBlá, blá, blá!
E não se chega a lado algum...
Abraço
Isa ,
ResponderEliminarHà muito que somos abusados pelo poder, mas existe o poder dos sem poder, típico dos globalismos, dos contrapoderes , dos micropoderes.
Os abusos começam com a aplicação da burocracia ( controlo) pelos Estados- nação , acelerada a partir da revolução industrial.
Não fazer nada, ser silencioso, é ser conivente com quem nos Governa (mal no nosso caso).
ResponderEliminarEstou completamente de acordo, a política tem que ser um direito colectivo, participando, discutindo apoiando ou contestando.
Um beijinho
Olá ISA!
ResponderEliminarO nosso quintal está mesmo muito mal cuidado; os hortelãos apenas cuidam de apanhar o pouco - cada vez menos - que o mesmo ainda vai dando: Nada plantam, porque também não sabem o que plantar - esta é a triste e confragedora realidade;o resto é pura farsa e encenação!
ps. E em relação ao post de ontem ... o que disse era pura brincadeira.
Vitor
Olá ISA!
ResponderEliminarO nosso quintal está cada vez mais mal cuidado; os hortelãos que dele deviam tratar apenas sabem colher o pouco - cada vez menos - que ainda vai dando; nada plantam, porque também não sabem o que plantar:Esta é a confrangedora realidade; o que sobra é farsa e encenação!
PS. E o que disse no post de ontem ... era pura brincadeira!
Vitor
Olá ISA!
ResponderEliminarÉ bem verdade, o nosso quintal está muito mal entregue. Os hortelãos que cuidam da horta apenas tratam de colher o pouco - cada vez menos - que ainda vai dando.E também nada plantam, porque não sabem o que lá plantar. O resto ... é pura farsa e encenação!
PS: E no post anterior o comentário foi pura brincadeira ...
Vitor
Vitor
ResponderEliminarQuando falou do comentário anterior, tive de ir ver e eu, é que peço desculpa por não ter respondido e se calhar, por isso, ter pensado que eu tinha ficado melindrada, o que não foi o caso.
Aliás, aproveito para concordar consigo em relação aos políticos que temos que fingem saber o que andam a fazer e quanto ao seu comentário, a respeito do bolinho...
:-*
No próximo fds vamos ter mais uma lição de Ética lá para os lados de Carcavelos, com o Paulo Rangel a tornar-se presidente, (ou lá o que seja), do Conselho Nacional do PSD!
ResponderEliminarPara um tipo que diz que na política não é preciso ètica, não está nada mal...