A minha avó foi mãe aos 19 anos, a minha mãe foi aos 20, eu fui mãe aos 21 e avó aos 43, portanto a minha filha foi mãe aos 22, mas... para não ser uma história simples e fácil, fez produção independente ou seja a denominada "mãe solteira".
Assim sendo o meu neto, até aos 5 anos não teve falta de amas; mãe, avó, bisavó e trisavó.
Uma das grandes preocupações da minha vida foi sempre a minha indomável filha com os inevitáveis choques, das diferentes "maneiras de ser". Mas são conflitos naturais, uma repetição dos meus próprios conflitos de geração com a minha mãe (não foi fácil para ela o meu divórcio e as minhas três "uniões de facto").
Na verdade a minha família não é das mais tradicionais, já o meu pai, ainda no tempo em que isso era considerado quase crime social, foi também ele, filho de mãe solteira.
A vida dá muitas voltas, mas há certos momentos que parecem simples repetições do passado no presente, mas que felizmente são vividas com uma maior abertura de mentalidades.
É engraçado que muitas pessoas, fora da família, punham aquele ar dolorido de quem acha uma tragédia ter uma filha "mãe solteira", felizmente já tinha começado a aprender que não sendo doença grave ou morte, tudo o resto tem solução, é muito difícil mas basta querer. Por vezes sou uma pessoa que muito reclama mas que acaba sempre por fazer lembrar o velho ditado (cão que ladra não morde).
A minha filha foi trabalhar para E.U.A. e casou com um americano e por lá ficará a viver, até que a vida possa ou não dar outra volta e eu tenho vivido com o meu "mais filho, que neto" já com 8 aninhos (actualização de post:9), bom aluno, amigo e companheiro de dias cheios de ditosas alegrias e trabalheiras mas o único que consegue pôr-me em paz com o mundo e ao mesmo tempo dar-me força para lutar a tentar fazer deste mundo, um sítio melhor para viver.
Claro que fico "babada" com as suas obras de arte inesperadas.(na foto)
Vou tendo notícias da América, ainda bem que há net pois falamos pelo skype, se ela estiver bem eu fico ainda melhor.
Só hoje pude cá vir. Não só concordo com o seu ponto de vista, como o subscrevo. Principalmente esta frase:
ResponderEliminar"felizmente já tinha começado a aprender que não sendo doença grave ou morte, tudo o resto tem solução, é muito difícil mas basta querer."
Obrigado pelo link
Carlos Barbosa de Oliveira
ResponderEliminarNão tem de quê e estes posts ainda são do tempo quando eu escrevia um blogue semi-privado e de raras visitas :D
Bjos