5 de novembro de 2009

Qui vole un oeuf, vole un boeuf

Em primeiro lugar, concordo com este provérbio francês que diz que quem rouba um ovo é capaz de roubar um boi ou seja se não roubou mais foi porque não conseguiu e do tostão facilmente se passa ao milhão.
Como já não há tostões, em Portugal já começam a ser milhões de euros e a indignação dos portugueses, dura pouco. Isto já se está a transformar num problema cultural e nem sequer há uma manifestaçãosita de descontentamento contra o que faz apodrecer uma democracia e faz baixar o nível de vida da população de um país.
Os juízes queixam-se de não ter leis, para condenar os crimes de tráfico de influências e de corrupção, a judiciária tem de prender imediatamente quem tiver a arma do trisavô em casa mas nunca alguém que esteja a roubar o dinheiro dos contribuintes.
Pelos vistos, temos muitos portugueses que gostam de receber uma sardinha, enquanto no seu quintal, lhe estão a roubar o seu único porco.
A Assembleia da República, guardiã dos nossos direitos, só está preocupada em fazer leis que nos façam cumprir as nossas obrigações e está-se borrifando em proteger "os nossos bens públicos", pagos com os nossos impostos e eu estou cansada de pregar no deserto e ver que devo fazer parte do pequeno clube dos pascácios que ainda acreditam em ética, moral e numa justiça com leis iguais para todos, não gostando de ficar a ver roubos à descarada que acabam sempre por ficar impunes.
Também sei que se mudasse a lei como falava João Cravinho, provavelmente, iria acontecer o mesmo, como actualmente em Espanha e se calhar, um terço dos portugueses ia parar à cadeia, mas isto é uma autêntica bomba relógio que ainda pode acabar muito mal e quando virar uma doença multiresistente (mortal e altamente contagiante), os portugueses não se queixem por ter ficado a dormir tempo demais.
Como diria alguém que sabe mais do que eu: "Portugal é pequeno demais, para tanta roubalheira".

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