9 de abril de 2010

Portugal, o país das "pescadinhas de rabo na boca" ;)

Qualquer problema neste país, acaba por nunca se resolver porque se teima e insiste, nos círculos viciosos.

Quando se fala no despovoamento do interior do país, é preciso que se saiba que, por muito que o Presidente da República goste de mandar umas postas de pescada para o ar, ninguém está, verdadeiramente, interessado em resolver este problema.
Para começar, seria necessário pensar em pessoas e não em números, e é, precisamente, o que faz a Ministra da Saúde quando aplica as "tabelas de numerologia", como uma das razões, para fechar mais um Centro de Saúde no interior do País.
Será lógico pensar que sem acesso aos serviços mínimos (saúde, educação, segurança, um simples posto de correios,...), as coisas passem de mal a pior porque ninguém, quer voltar a viver na Idade Média.
Se a população é pouca e vão tirando o essencial, não será de esperar outra coisa, senão a fuga da restante população para o litoral ou no caso dos idosos, ficarem à espera de chegar a hora, de irem morar no cemitério, coisa que poderá ser abreviada, por falta do tal Centro de Saúde.
Parem de fingir, de fazer lindos discursos porque para evitar a fuga das populações, o interior do país teria de ter um estatuto especial, sem isso, será enfiar, mais um rabinho na boca de outra pescada e sacrificar mais uma vez o interior, em benefício de coisa nenhuma ou de algum interesse mais duvidoso.

11 comentários:

  1. O interior não dá votos! Esta é que é a verdade!=(

    Beijinhos o:)

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  2. Fê-blue bird
    Isso sabemos, mas governar um país não é beneficiar uma parte e sacrificar a mais fraca.
    Apesar de eu morar em Lisboa fico passada x-( quando ouço falar em números, em vez de pessoas.

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  3. Olá ISA!
    Eu acho que qualquer pessoa medianamente inteligente e informada - incluindo os políticos passados e presentes, sabe que o rumo que temos seguido - econtinuaremos a seguir, disso não tenho ilusões - não trará nunca, nada de bom.Mas seria necessário surgir alguém com visão e coragem para ver para além do imediato, e vida de governo é efémera, com objectivos a ser atingidos no curto prazo. E, assim, nunca daqui sairemos.Como resultado, uma cada vez maior parte do país não servirá nenhum propósito útil, será apenas uma fonte de encargos, enquanto no verso da moeda cada vez veremos mais gente desenraizada,desumanização em roda das florestas de betão sempre a crescer; marginalidade e delinquência ... e a enorme fortuna gosta - a que não se faz contas - para lidar e minimizar as consquências que daqui inevitavelmente resultam.
    Olhe, entusiasmei-me com o tema, que acho apaixonante, mas vou ficar-me por aqui ... senão nunca mais me calo.
    Um abraço.
    Bom fim de semana.
    Vitor

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  4. Só há um caminho a seguir, mas ele é tão radical que tenho medo de poder ferir susceptibilidades!
    Porque este governo e estes políticos de treta só nos está a usar!
    Aliás não tem aqui nenhum boneco que possa usar para descrever isso x-(

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  5. Vitor Chuva
    Pois pode continuar a falar que o país está a precisar, muito, de pessoas que falem, calados não vamos chegar longe.
    Um abraço e um bom fim de semana

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  6. APPLE
    Pode crer que já ando no ponto, de não ficar com a sensibilidade ferida.
    Quanto a bonequinhos, acho que até os smiles não chegam para mostrar o que apetecia, mas vamos imaginar os chamados joaquinzinhos (carapaus muito pequeninos) que a minha avó costumava fritar, enfiados num palito que lhes atravessava os olhos e eram à meia dúzia em cada palito.
    Imaginemos então um pratinho de politicozinhos fritos e, as duas, já começamos a ver uns bonecos para descrever isto ;) :D

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  7. E mais nada, Isa.
    Está tudo dito e muito bem dito !
    É uma tristeza . :(

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  8. Rui da Bica
    É pena que as palavras não resolvam nada, além de desabafar, porque a tristeza, essa fica.
    Custa imenso ver o meu país afundar e, quase, nada poder fazer.
    Acho que só posso pôr um smile igual ao seu :(

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  9. Como passo boa parte da minha vida a viajar pelo país, é com muita tristeza que confirmo o que escreve aqui no post. Todos os meses encontro por esse país fora gente que luta, investe e aposta no interior onde, apesar de tudo, há mais qualidade de vida do que nas grandes cidades.É uma luta inglória, sem dúvida, mas a verdade é que este caso de Valença, como outrora o das Maternidades é um bocado empolado. Também não gostei da reacção dos valencianos, que me fez lembrar o que se passou em Barrancos quando quiseram proibir os touros de morte.
    A minha Brites está ansiosa por escrever sobre este assunto, vamos lá ve se tem tempo de o fazer durante o fds.

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  10. Só mais uma coisa... É evidente que essas lamentações dos nossos políticos sobre a desertificação do interior não passa de lágrimas de crocodilo.

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  11. Carlos Barbosa
    Ainda bem que confirma que isto se passa, às vezes, há quem me chame de exagerada, mas há coisas que só não vê, quem não quer :-|

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