18 de setembro de 2009

Melhor, mais económico e fiável que os Serviços de Informação

Está quase a fazer 17 anos que me mudei do antigo prédio onde morava e foi aí na companhia de uns 50 vizinhos que constatei a grande vantagem de se ter porteira(o).
Tenho saudades daquela experiência única, de poder ter toda a informação, diariamente actualizada, coisa que nem a própria net consegue suplantar seja na rapidez ou veracidade dos factos.

Nas reuniões de condóminos não consegui conhecê-los a todos, no entanto enquanto atravessava o hall de entrada até conseguir entrar no elevador nem precisava de sujar as mãos com o jornal regional do prédio, era mais do tipo notícias na rádio, entre a espera e o chega e não chega do elevador, a DªLurdes desfiava o rol de informação; quem se mudou, o novo inquilino se era casado, junto, viúvo, solteiro, com/sem filhos, empregado/localização do emprego, pessoa simpática, antipática, quem foi ou voltou de férias, quem foi às urgências com uma pedra num rim... e para finalizar; o habitual queixume (espaço publicitário) das suas dores nas costas que para mim, seria a justificação para trabalhar menos ou então como mais tarde se veio a descobrir, era de estar dobrada ao pé das portas para conseguir ouvir melhor, as conversas dos inquilinos residentes.

Ora tanta conversa para quê?
Para demonstrar que devemos, nem que seja através de uma grande manifestação, exigir ao futuro governo deste país que sejam colocados mais porteiros em todos os serviços públicos e organismos oficiais e só assim, sejam as alegadas escutas a Belém ou em qualquer outro assunto menos claro, poderemos vir a ter, a garantia de ser devidamente e verdadeiramente informados, sem omissões e especulações.
Nos tempos que correm, esta profissão anda gravemente subestimada. :- )

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