24 de março de 2010

Entre a verdade e a ficção, uma grande maioria de supermercados, deveria pôr nas prateleiras de legumes e vegetais, um letreiro de aviso ;-)

Outros avisos como: "Geneticamente criados com maquilhagem", também deveriam ser usados.
Quem nunca provou legumes ou vegetais, criados na terra, ao sol, sem químicos e acabados de colher, não será para admirar que não goste de os comer.
Depois da experiência de ter tido uma horta biológica, onde, habituada à cidade, a única coisa mais difícil para mim, foi a de conviver não só, com um número indeterminado de insectos desconhecidos, como também, minhocas, pequenas rãs que ao saltar, me faziam pular de susto, aranhiços enoooormes (apesar de serem mais pequenos do que eu) que não podia matar, por se alimentarem das pragas que podiam atacar os meus legumes, as abelhas e abelhões que ajudavam a polinizar não só as abóboras, como também aumentar a produção de outros legumes, tudo isto valia a pena, pelo prazer do sabor e textura, completamente diferente, dos legumes comprados.
Os produtores nacionais que já são poucos, para tentar sobreviver, não podem apostar na variedade e na qualidade e então, como não podes vencê-los ... toca a carregar nos fertilizantes químicos (onde não sobrevive um único insecto e se os mata, também me devem matar a mim) ou apostar no vegetal ou legume em que poderão ganhar algum dinheiro e em certas zonas, até parece que somos um país de grilos, pois só se vêm alfaces.
A U.E. foi criada para proteger os grandes e não os pequenos produtores de qualidade e por isso vai-se poluindo o ambiente, com um gasto astronómico em combustíveis, para trazer legumes e vegetais, cultivados, maioritariamente em estufas, a centenas de Km de distância, produzidos em países sem sol, como no caso da Holanda, um dos maiores exportadores, não só para toda a Europa, como para os E.U.A. e China, com lâmpadas especiais que os obrigam a crescer de dia e de noite, plantados na chamada lã de rocha, bonitos, mas que não sabem ao mesmo e que duvido terem mais qualidade nutritiva.
Temos depois, os chamados negócios, feitos com países fora da U.E. e assim, lá vamos engolindo um feijão verde marroquino.
Resumindo, com muita sorte e quando estou mais abonada, opto pelo biológico e na raridade do nacional, compro-os para consumir no próprio dia, pois a maioria, nas prateleiras dos supermecados, depois de terem viajado mais, do que muitos de nós em toda a vida, tenho a certeza que, se os legumes e vegetais tivessem voz, muitos deles estariam não só a gemer, como muito perto do estertor da morte.
Legumes como por exemplo, o agrião ou o espinafre, folhas amarelas são sinónimo de toxicidade.
Legumes e vegetais frescos são para serem consumidos no próprio dia, senão prefiro congelados, mas que só servem para certas receitas. Se são frescos, não gosto de os ter no frigorífico, pois cada vez que abrisse a porta, seria para ouvir, muitas vezes, o seu último suspiro ;-)

4 comentários:

  1. Concordo Isa.
    Como disse abasteço-me em quantidades e sem pagar (em dinheiro). Há muitas outras formas ;))
    Acontece que quando chego a casa, carregado, a minha mulher dá-se a um enorme e valioso trabalho de separar, seleccionar, lavar, preparar e se necessário, cozinhar, ou pre-cozinhar alguns.
    Embalamos seguidamente em recipientes, que vão para o congelador, ou, se para consumo imediato ou próximo, para o frigorífico.
    Somos "quase" vegetarianos. As carnes vermelhas foram banidas e resumem-se a aves. O peixe mantém-se, mas de um modo geral, praticamente como "acompanhamento" e não como "base".
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  2. Olá ISA!
    Sinto-me tentado a fazer coro consigo, já que subscrevo tudo o que diz. Em matéria de alimentação andamos a percorrer o caminho errado.Comemos o que vem de longe - colhido antes de ter completado a sua fase de maturação, e sem gosto - caro e muitas vezes sem qualidade, e abandonámos o que temos à mão e poderia ser mais barato, fresco e saudável.
    Mas, como diz, e muito bem,quem nunca comeu alimentos criados de forma natural,ao ar livre, não faz ideia da diferença de gosto entre estes e os que encontramos nos supermercados - e ela é enorme.
    Eu cresci a comer aquilo que os meus pais cultivavam e criavam, e tenho uma enorme saudade dessa alimentação. Quando acontece visitar os familiares que lá tenho, e eles nos convidam a comer um franguinho criado á moda do campo, assado num forno a lenha, acompanhado de tudo o resto que é natural, é como revisitar o passado, e sabe tão bem ...

    E agora vou ter que voltar à realidade; despeço-me com um abraço.
    Vitor

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  3. Ola
    como a compreendo, sabe fui criada numa aldeia pequena no qual os meus pais sempre tiveram e teem uma horta pequena mas com tudo o que e' legume para consumo proprio, ou seja fui mal habituada, adoro legumes adoro sopas de legumes,e aqui faço uma sopa exactamente como a minha mae me ensinou com o mesmo tipo de legumes e a sopa nao me sabe a nada, faço outro tipo de sopa com diferentes legumes e a sopa continua a nao ter sabor...ultimamente optamos pelos organicos tanto a fruta como os lrgumes
    mas e' muito caro, mas sempre vai tendo outro sabor
    Agora estamos a pensar criar a nossa mini-horta vamos ver no que da' :-)
    bjoooo

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  4. Pois é a.p. a minha filha que vive aí no Estado de Indiana está a pensar exactamente o mesmo, aí o biológico é muito caro e já está a pensar em fazer uma horta ;-)

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