O agricultor era pobre, mas, mesmo assim, comia pão com queijo porque, todos os dias, vendia parte do leite para comprar pão e, com a outra parte, fazia o queijo.
Com falsas promessas, o governo começou por decretar como as devia alimentar e quando as devia ordenhar.
Depois pagou-lhe para não as ordenhar e, passado algum tempo, a bem da nação, manda-o abater uma e começar a deitar fora o leite da outra, como excedente, para que, assim, o agricultor pudesse receber um subsídio. Entretanto, manda-lhe preencher uma série de impressos para justificar a ausência da vaca abatida e receber, o respectivo, dinheiro.
Como há sempre uns agricultores espertos, estes aproveitaram logo, para matar as duas vacas e receberem a dobrar.
Aquele que ainda tinha uma, acaba por ter de matá-la, por não conseguir pagar os sucessivos aumentos no imposto, cobrado a todos os que, ainda, tivessem uma vaca.
O mais estranho é que quanto menor era o número de vacas, o governo, como é "inteligente", conseguia fazer grandes negócios com vacas, pelo menos, nos gabinetes ministeriais e até conseguiu arranjar uns subsídios, a fundo perdido, para uns amigos que nunca tiveram vacas.
Como já não se produzia nem leite, nem carne, o governo foi recorrendo, cada vez mais, a empréstimos externos que, com o tempo, foram sempre aumentando porque, até o agricultor foi obrigado a tornar-se, em mais um desempregado e o governo lá teve de arranjar mais dinheiro para subsídios de desemprego.
Finalmente, chegou o dia das dificuldades, em que ninguém quer emprestar mais dinheiro ao governo porque, o país, gasta mais do que aquilo que produz.
O governo, de repente, descobre que tem de reduzir ou acabar com os subsídios e como tem sempre "óptimas" soluções, desta vez, o ex-agricultor passará a ter de pagar mais dinheiro, pela côdea de pão seco que come, para que o governo possa continuar a endividar-se.
Finalmente, o presidente do país teve uma ideia luminosa e faz um apelo desesperado: "É preciso produzir mais, para vocês poderem continuar a comer a côdea de pão seco e eu poder ir, com a minha Maria, fazer umas viagens de Estado à Capadocia", só que, desta vez, há um pequenino senão, já não há vacas e as pedras ainda não dão leite.
A mama está seca, morta e enterrada!
ResponderEliminarEscreveste um texto excelente e que traduz o actual estado da nação.
Beijinhos
Fê-blue bird
ResponderEliminarIsto começou, exactamente, com a nossa entrada na chamada CEE, agora U.E.
Faz-me lembrar o que a União Europeia obrigou os governos seus membros a fazer.
ResponderEliminarObservador
ResponderEliminarEntão ainda se lembra :D pois este conto começa aí.
moral da história: quantas menos vacas houver mais o governo mama...
ResponderEliminarNão consigo entender messsmo... Os países que, a princípio, ficaram de fora se "sentiram" excluídos e depois que entram ficam arrasados??? Meus neurônios, realmente, não dão conta de entender essa "lógica"... Só conseguem fazê-lo para as falcatruas que os governos fazem, para que, nós, o povo, paguemos o PATO ou a VACA!
ResponderEliminarBeijuuss n.c. do lado de cá do Atlântico
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
O Governo está com uma em mente... que me desculpem as senhoras, que isto é só a brincar... mas o Governo pretende que as mães acabadas de ter filhos doem algum excedente em leite para garantir as extravagâncias do Governo!
ResponderEliminarVício
ResponderEliminarTal e qual lol
Regina Rozenbaum
ResponderEliminarA sorte que tens de estar do lado de lá do Atlântico :D
...e de aí, não terem acabado com as vacas lol
http://cortadireito.blogspot.com/
ResponderEliminarNão lembre coisas aos senhores que, daqui a nada, ainda se lembram disso lol
Está tudo louco..
ResponderEliminarEssas vacas nem sequer o eram!
(excelente lição de economia)
As pedra não dão leite!
(excelente "máxima geológica")
assino
"admirador anónimo"
Muito verdadeiro e bem observado. Aqui a alguns anos o Alentejo foi inundado pelos jipesidios, não havias vacas, mas havia jipes com fartura à custa dos subsídios para a agriculta. E agora quem é que comprou os nossos olivais e produz o nosso azeite? Os espanhóis que escaparam àquela febre desconhecida dos jipes de luxo, coitados né?
ResponderEliminarBeijinhos doces, Ava.
Rogério Pereira
ResponderEliminarE foi isto que se passou com as duas vacas, desde que entrámos para a CEE, agora U.E. até aos nossos dias, sem vacas lol
Ava
ResponderEliminarEsses, dos jipezitos devem ser dos que mataram logo as vacas ou amigalhaços dos que lhes arranjaram uns subsídios sem nunca terem tido vacas lol
Beijinhos doces da Isa
Excelente alegora Isa! E agora qualquer dia está o Alentejo também cheio de jipes mortos. :-o
ResponderEliminarMarota
ResponderEliminarInfelizmente, os jipes estão sempre a renascer, dinheiro inútil que nada vai produzir, além de ferro-velho e enriquecer outro país :(